Estratégia para o desenvolvimento desportivo de Setúbal revela conclusões preliminares

A importância do Desporto enquanto pilar de desenvolvimento do território de Setúbal foi enfatizada pelo vereador Pedro Pina, em sessão pública que revelou as conclusões preliminares de um plano estratégico desportivo em preparação para o concelho setubalense.
“Vamos conhecer para melhor fazer”, afirmou o vereador com o pelouro do Desporto na Câmara Municipal de Setúbal no encontro realizado no Cinema Charlot – Auditório Municipal que deu a conhecer o diagnóstico prospetivo do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Desporto para o Concelho de Setúbal.
Nesta perspetiva, evidenciou o autarca, este Plano constitui-se como uma ferramenta fundamental porque “coloca o azimute de uma forma mais clara, porque ajuda na fundamentação das decisões e porque coloca o Desporto enquanto um pilar estratégico de desenvolvimento do município”.
O projeto está a ser desenvolvido com o apoio técnico-científico do CEDRU – Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano e tem como objetivo promover um maior conhecimento sobre as necessidades dos cidadãos e das organizações de modo a definir estratégias e os eixos e ações de desenvolvimento.
“É um dever que saibamos construir com todos e para todos aquilo que é a nossa visão estratégica”, afirmou o vereador Pedro Pina, ao apontar o rio Sado e a Serra da Arrábida enquanto equipamentos privilegiados para a prática desportiva e riquezas naturais diferenciadoras naquilo que é a identidade do território.
Neste enquadramento, o autarca esclareceu que quando de se fala da estratégia do rio e da serra não se está a priorizar a mesma. “Estamos a determinar uma coerência do desígnio para este território, que tem de ser compreendido de acordo com as suas características.”
O Plano Estratégico de Desenvolvimento do Desporto para o Concelho de Setúbal, cuja elaboração é suportada pela recolha e análise estatística de documentos e entrevistas, procura gerar e potenciar um processo de promoção da atividade física e do desporto e de valorização territorial e também acrescenta inovação.
Para o vereador do Desporto na Câmara de Setúbal, inovar é, consequentemente, um ato civilização. “Somos civilizados quando transportamos o conhecimento e a ciência para aquilo que se pode traduzir num desenvolvimento sustentável, equitativo e democrático para o território.”
As conclusões preliminares do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Desporto para o Concelho de Setúbal, com duas de três fases – enquadramento temático e diagnóstico prospetivo – já concluídas, foram apresentadas por Gonçalo Caetano, do CEDRU – Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano.
Destaque para o facto de Setúbal apresentar um ecossistema desportivo rico e variado, se constituir enquanto destino apetecível no que respeita à prática desportiva informal e da população ter valorizado a atividade física depois da pandemia, em consequência dos confinamentos.
Em matéria de desafios, as conclusões preliminares do estudo apontam a necessidade de fomentar uma presença mais ativa do Desporto entre a população que, no concelho, está distribuída de forma muito heterogénea, o que motiva diferentes exigências de âmbito territorial.
Segue-se a última fase de ação, para a qual já foram apontadas um conjunto de orientações não vinculativas em cinco eixos de atuação, designadamente otimização de infraestruturas, capacitação do ecossistema desportivo, estímulo à prática desportiva e atividade física, marketing territorial e parcerias interinstitucionais.
“Este é um instrumento de apoio à tomada de decisão, que estabelece prioridades, aproveita oportunidades e gere as potencialidades com competitividade”, apontou o diretor-adjunto do CEDRU – Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano, Luís Carvalho, sobre o Plano que agora entra construção de propostas de ação.
O vereador do Desporto na Câmara de Setúbal, Pedro Pina, ao elogiar a importância deste novo instrumento de apoio à gestão e decisão no que respeita ao desenvolvimento desportivo do concelho, disse que este é um trabalho que acaba por ficar órfão em virtude da inexistência de políticas de âmbito nacional.
“Não temos uma política para o desporto nacional e isto tem um impacte nos diferentes territórios, independente da capacitação, seja de infraestruturas, de recursos humanos ou de paradigmas com que os territórios e as gentes têm sobre o olhar para a prática desportiva.”