O compromisso total da Câmara Municipal de Setúbal com a valorização dos profissionais de saúde foi transmitido pelo vereador Pedro Pina durante a entrega das distinções da quinta edição do Prémio GID, esta sexta-feira, no Hospital Ortopédico Sant’Iago do Outão.

Na cerimónia, o vereador com o pelouro da Saúde afirmou que todos os momentos que “contribuam para a valorização do Hospital de Setúbal e dos seus profissionais têm de contar com a presença da Câmara Municipal de Setúbal”, parceira do Gabinete de Investigação e Desenvolvimento (GID) do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) na atribuição do prémio.

“Estaremos sempre comprometidos com a valorização dos profissionais de saúde, que contribuem para a valorização do território”, assegurou Pedro Pina, que classificou os Prémios GID como uma “componente da valorização da investigação de todos os profissionais” do CHS.

A quinta edição do Prémio GID distinguiu o melhor artigo publicado pelos profissionais do CHS em 2020, tendo recebido um total de 22 candidaturas, número que mereceu o aplauso do coordenador do GID, Filipe Seixo. “Cada vez temos mais artigos, o que quer dizer que estamos a levar esta iniciativa a bom porto”, referiu.

Filipe Seixo recordou que este prémio foi instituído para distinguir “a produção científica do CHS” e adiantou que o da sexta edição, referente aos trabalhos publicados em 2021, será entregue numa cerimónia a realizar depois do verão.

O primeiro prémio, entregue pelo vereador Pedro Pina, foi atribuído a Isa Santos, médica do Serviço de Cirurgia Geral, pelo trabalho da categoria “Artigo Original” intitulado “CXCL5-mediated recruitment of neutrophils into the peritoneal cavity of Gdf15-deficient mice protects against abdominal sepsis”, desenvolvido no Instituto Gulbenkian para a Ciência.

Este trabalho, realizado com Henrique G. Colaço, Ana Neves-Costa e uma equipa de mais uma dezena de investigadores, está centrado num complexo processo inflamatório que gera uma resposta extrema do organismo e é uma das principais causas de morte em todo o mundo. “Os doentes continuam a morrer e não há uma terapêutica específica para o quadro séptico”, lembrou Isa Santos.

Leonor Parreira, médica do Serviço de Cardiologia, conquistou o segundo prémio com o artigo “Successful ablation of premature ventricular contractions exclusively guided by epicardial and endocardial non-invasive mapping (ECGI) and confirmed by substrate mapping”, da categoria “Casos Clínicos.

Este trabalho, em que também participaram Pedro Carmo, Pedro Adragão, Rita Marinheiro, Margarita Budanova, Nuno Cardim e Pedro Gonçalves, descreve o tratamento aplicado, com sucesso, a um doente com “muitas extrassístoles”.

O terceiro prémio foi entregue à enfermeira Marta Castro Jesus, pelo trabalho, da categoria “Revisões”, com o título “Administrar Terapêutica por via intramuscular em Pediatria: Revisão integrativa da Literatura”, realizado em coautoria com Carla Sofia Trindade, Josefina Lopes e Ana Lúcia Ramos.

Estas enfermeiras do Serviço de Pediatria Internamento e da Unidade de Urgência Pediátrica foram os primeiros profissionais de enfermagem a conseguir um lugar entre os três primeiros no Prémio GID.